Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

3 de novembro de 2009

Das verdadeiras inclinações


Corri...
Para alcançar o que?
Você!
Se adiantou?
Tu ouviste minha chamada?
Nada!
Senti a brisa no correr exasperante?
Não deu tempo, a ansiedade tornou-me tudo inconstante.
E eu perdi o momento de antes
Sorri!
Nos olhos coagulavam e se perdiam lágrimas frementes
Palavras de desespero se prendiam entre os dentes
Ouviste?
Sorriste...dando um tchau displicente,
Desconfiavas ao menos da breve felicidade que me provocava um sorriso teu de me ser pertencente?
Se voltaste, num breve instante para mim...e eu que já julgara tão importante tua pequena atenção...
Mas não!
Outra voz se intercalou a nossa muda conversação...
Porém a atenção que tu deste a ela foi de uma inclinação total
E em pequenos instantes voltamos a nossa posição inicial
Num tabuleiro as peças estão sempre no mesmo local
E tu de costas para mim como era habitual
Mal!
Nada mal para uma partida há tempos prevista
A direção?
Não mudamos caminhos decididos
Por aparições repentinas
Tolice? Rigidez?
Quem sabe se tudo fosse tão flexível nos perderíamos mais ainda