Tu me tornaste insone.
Ou louco
Por ti...
O vento que sopra minha janela,
Me transpõe àquele velho medo
Das profundezas do teu ser
Que numa vaga eu quis atingir
Mas que nem uma gota posso ter
Ou louco
Por ti...
O vento que sopra minha janela,
Me transpõe àquele velho medo
Das profundezas do teu ser
Que numa vaga eu quis atingir
Mas que nem uma gota posso ter
E de afoito que fui de buscar tua natureza
Sai trôpego de não conseguir
Segues essa rotina prevista a tantos anos
Em que fatal previ nosso desastrado encontro
Calmo e taciturno
Mas não me oscile
Nao mova uma palha por mim...
Melhor a inércia da minha (des)-espera
Que o desassossego de uma esperança cega
Sou medroso
Não sirvo pra ti
Em que fatal previ nosso desastrado encontro
Calmo e taciturno
Mas não me oscile
Nao mova uma palha por mim...
Melhor a inércia da minha (des)-espera
Que o desassossego de uma esperança cega
Sou medroso
Não sirvo pra ti
Portanto nada de ti
A mim deves consentir
A mim deves consentir
És assim...esse contrário de mim
Esse contrário absurdo
Esse meu eterno luto
Uma coragem voraz
Uma fala mordaz
Uma coragem voraz
Uma fala mordaz
Um beijo incapaz, não de me trazer ardor
Mas de depositar em ti esse meu d e s a j e i t a d o amor
Faça aqui, faça agora!
Mas de depositar em ti esse meu d e s a j e i t a d o amor
Faça aqui, faça agora!
E da insônia que puseste em meu coração
Irei romper desencantadamente a aurora
Sem que uma lágrima de sono
Me permita uma noite de sonho
Preciso partir
Não sen-ti
Irei romper desencantadamente a aurora
Sem que uma lágrima de sono
Me permita uma noite de sonho
Preciso partir
Não sen-ti
E tudo que me fizeste sentir:
A vida em ti...
A vida em ti...
Preciso desafogar
A gola do paletó
Que tu tão bem prendeste o nó
Que eu nunca soube dar...
...Sim, aquele nó
Que tu caprichosa deste
Mas que eu feito tolo
Não soube nele te amarrar
Quê te dar?
Uma viagem ao exterior?
Tua procura por um amor?
Uma fuga desesperada?
Do teu passado pregresso?
Do meu embaraço eterno?
Das minhas mãos ofegantes?
Dos teus passos eternamente i n c o n s t a n t e s...
Ainda em caminhos errantes
Sem que atentaste
Ao meu desejo gigante
Uma palavra, um poema, uma canção?
O verso da minha derradeira desilusão...
Faz-me entender tua lógica
És tão inédita ainda...
Que nem percebes a pressa
Que tu tão bem prendeste o nó
Que eu nunca soube dar...
...Sim, aquele nó
Que tu caprichosa deste
Mas que eu feito tolo
Não soube nele te amarrar
Quê te dar?
Uma viagem ao exterior?
Tua procura por um amor?
Uma fuga desesperada?
Do teu passado pregresso?
Do meu embaraço eterno?
Das minhas mãos ofegantes?
Dos teus passos eternamente i n c o n s t a n t e s...
Ainda em caminhos errantes
Sem que atentaste
Ao meu desejo gigante
Uma palavra, um poema, uma canção?
O verso da minha derradeira desilusão...
Faz-me entender tua lógica
És tão inédita ainda...
Que nem percebes a pressa
Com que não olhas pra mim
Embora eu tenha tao cedo
Embora eu tenha tao cedo
Te apresentado à minha retina
Que de olhar pra ti, ai amor, não se fadiga
Que de olhar pra ti, ai amor, não se fadiga
Depois do vento...
Chuva desesperada veio
Trouxe um lamento cansado,
Pressuposto, adivinhado
E as pessoas do mundo taciturnas, caladas
Dormiam tranquilamente
Enquanto eu acordado
Te velava “plus content”
De que vale o chiado da chuva?
Me dando vagas notícias tuas?
Se ignoras plenamente
Um choro que não entendes
De um amor que se fez
Na força do inexistente
Sei que preciso deixar-te
À cama, abandonar-me
Mas ainda sim
Que o consciente não me queira consentir
Acompanhar-me-á teu ser flutuante em alto mar
E em ti irei me derramar
Porque só em ti me permito naufragar.
2 comentários:
Poema de um ritmo impressionante! Parece que estamos à deriva em alto-mar!
belo poema, belo! Acho que o receptor do eu-lírico, no fundo, apesar de tudo, ficou feliz com o que leu.
um dos poemas mais apaixonados q eu jah li...
=|
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