Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

2 de fevereiro de 2011

A gente não esquece as coisas que amou

Meu bem morreu.
E eu nada pude fazer
Senão lamentar, chorar
E endurecer esse coração
Que empedernido
Não aceitava tamanha desilusão 
Ah esse coração!
Entre tímidos sorrisos
Naquele prédio de colégio de bairro
Em ti se reconheceu tão rápido
Esse bobo coração...
Que tão cedo em ti reconheceu afeição
Um dia acordou esquecido
E como numa tela em branco
Já não suspirava por teu sorriso lindo

Mas é preciso paciência
O tempo que separa
É o mesmo que nos aproxima novamente
Por isso, meu bem, não te atormentes
O sol ainda passa sob nossas cabeças, inclemente

Meu bem morreu...
E eu que me julgava livre dessa afeição
...
Por anos
Obscureci tua imagem que na fotografia
De tão escondida
(ficou amarelecida)
E suspiraste numa tarde
Exasperado pelo fatal destino
Que te tombaste com vinte anos de idade

Os anos se passavam
Às vezes, ainda te buscava, mas nada mais tu me dizias
E em cada velho livro meu
Que mais fundo no armário
Afundava teu retrato
Um dia, quando eu menos esperava
EMERGIU

É que um dia houve a salvação que nos livrou do esquecimento
Houve uma canção...
Que somente Legião
Poderia escrever de modo tão preciso

Nossa amizade
Veio se confirmar
Nem cedo, nem tarde
Na exata hora de nos encontrarmos
Hoje chorei
Me surpreendi que tu permaneceu
É que te encontrei em “Love in the afternoon

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