Aprendendo a ser

Minha foto
Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

11 de dezembro de 2008

Uma névoa de tristeza
Uma mágoa de saudade
Um sorriso sem beleza
E um choro sem vontade

Minha alma chora a queixa do abandono a dois
A solidão dos outros é o que pesa sobre nós
você me beija e logo após
desola um olhar distante
como se estivesse questionando
a sorte daquela escolha

Sabes, a escolha foi tua
mas questioná-la é impeto dos mortais
como se o mundo nos levasse para onde não quisessêmos
e depois amargurassemos nossa fraqueza em aceitar

Se essa moça não te agrada
e não é bem o que esperavas
o que esperas pra deixa-la ?
talvez outro venha consolá-la

Se não vier...o que importas?
Não te preocupes com a sorte dela
Ela terá o conforto nobre
Das lembranças do que viveram

Se uma outra te tocar
Com ternura igual a dela
Não demonstres comoção
Pela lembrança que tiveres

Fuja dessa lembrança
Como a água escoa no mar
Tu fostes barco à deriva
Que nunca quis aportar

Se vires em noite serena
Uma vela em pleno mar
Saibas,
É a esperança dela em ter-te de volta ao lar

Não fujas dos teus sonhos
nem sofra com causas perdidas
é sofrimento inútil
que sucumbe e só aprofunda as feridas

Nenhum comentário: