A dor do outro que fosse dor profunda
Doeria em mim
Que sempre me sensibilisou o sofrimento alheio
Mas que a cruz do outro nao se faz minha
E ajudá-lo a carregar e ato de nobreza
Mas carregá-la é a extrema pobreza
Quando mais tarde, reerguido
Finalmente se revela quem tu eras
Espantada eu descubro ser em vão
A fiel ajuda que meus braços te deram
Eu sinto que a amizade foi um leão
Leão altivo que nem um sorriso emprestara
Quanto mais uma tola retribuição
Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a cada dele, e é. trata-se de um cavalo preto e lustoso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. eu beijo o seu focinho.
Aprendendo a ser
- Herbenia Freitas Ribeiro
- Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.
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