Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

18 de outubro de 2008

Dúvidas

Havia coisas que eu não entendia...e talvez jamais entenderia
Por que as pessoas mudam tanto a cada dia
Por que o sorriso muda tanto -
dissimula
Por que aos poucos diante das coisas que um dia
acreditei
Eu vou aos poucos mudando minha postura?

Por que as frutas só põem na estação?
Por que as aves escondem seus ninhos queridos?
Será que a felicidade só é possível às escondidas?
Em tempo, em lugar certo...

De preferência, longe dos olhos alheios
Que de alheios nada têm - Somos iguais
E as diferenças entrepostas no olhar
Que diz os sentimentos revelar
E as mesquinhezas a encobrir, a forjar

Tantas dúvidas haviam em mim, em mim, menina
E tantas delas eu jamais descobriria
Tantos segredos obstinada eu guardava
Como diria Oswald Montenegro
- Hoje são bobos, ninguém quer mais saber

Por que ainda tento entender as pessoas
Por que me lamento todo dia
Por que luto por
causas ja perdidas
Por que choro tanto com as partidas
Por que sorrio com as chegadas
Por que só me sinto em paz na minha morada
Por que insisto que é possível ser feliz
Por que ainda sonho com o verdadeiro amor
Por que quero debelar de mim
toda dor

Se nada disso eu posso evitar
Sou tão pequena diante das circunstâncias
Como uma árvore em pleno pomar
Cujas as raízes firmemente presas
E os galhos sonhadores a voar
Assim minha mente não quer aceitar
Mas para o chão me ponho a olhar
Pra me lembrar da crua realidade
E que nada eu posso controlar


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